segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mais de dez mil romeiros participaram da 11ª Romaria em Açailândia/Piquiá


Wallikson Barros



A Romaria da Terra e das Águas do Maranhão, contou com mais de dez mil pessoas nos dias 10 e 11 de setembro no Piquiá na cidade de Açailândia. Segundo Dom Gilberto Pastana foi a maior Romaria que já houve no Maranhão. Além da luta pelos direitos dos povos e da natureza, a Romaria já é tradição cultural no Maranhão, que ocorre em dois em dois anos e já está em sua décima primeira edição.
Em depoimento, a romeira Margoula Soares da Paróquia Santo Antônio de Pádua da Diocese de Imperatriz, nos contou que foi sua primeira Romaria. Ela ficou impressionada em conhecer a história e a realidade das comunidades quilombola, indígena e dos moradores de Piquiá. “Foi à primeira vez que participei de uma Romaria e, fiquei impressionada com a mobilização dos moradores de Piquiá e, principalmente com a mobilização das Dioceses do Maranhão na luta contra os sistemas que destroem a terra. Poder conhecer a história e a realidade de cada comunidade quilombola, indígena, dos moradores de Piquiá entre outros.”

Este ano a Romaria aconteceu na Diocese de Imperatriz que contou com diversas apresentações culturais de todas as Dioceses do Maranhão. As apresentações ocorreram na madrugada de sábado (10) para o domingo (11) com muito entusiasmo e participação dos romeiros. As culturais foram feitas de forma artísticas, mas com tom de denúncia para os sistemas que destroem a terra.  “(...) foi algo imprescindível para que tomássemos consciência dos problemas vividos por cada um. As apresentações culturais também ajudaram muito para essa tomada de consciência.“, contou Margoula.

Em fala Dom Gilberto Pastana Bispo da Diocese de Imperatriz considerou a Romaria uma grande tomada de consciência crítica para os povos do Maranhão. “Eu considero um grande saldo, a tomada de consciência crítica, a mudança de mentalidade também do nosso povo porque eles também são prejudicados pelos políticos e, eu acho que aos poucos vai criando essa consciência crítica do nosso povo.”


Chocada com os impactos ambientais, Margoula retratou um pouco do que viu no Piquiá, a poluição e a precariedade em que vivem os moradores. “Ao chegar ao Piquiá de baixo visualizamos a quantidade de poluição existente no local, a grande quantidade de gases eliminados pelas fábricas que ali se instalaram é chocante, o rio poluído, a precariedade em que vivem aqueles moradores é algo indescritível; percebemos ali o real motivo de toda a mobilização realizada. Precisamos fazer algo, porque pessoas estão sofrendo e morrendo por causa da ganância do homem (...)”, finaliza.




Vídeo da Romaria no Youtube: http://youtu.be/RGdkl9uHnLU
O site da Romaria/2011 é: https://sites.google.com/site/11romariaterraeaguas/
Fotos: Wallikson Barros

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


O Projeto Faculdade a Serviço da Vida

O projeto surgiu pela ideia de alguns estudantes de constituir de um pequeno grupo de trabalho inter-faculdade ao fim de aprofundar o tema da Romaria da Terra e das Águas e os conflitos socioambientais de nossa região, para motivar todos os estudantes a participar da Romaria.
Graça ao apoio do curso de Jornalismo da UFMA foi constituído um grupo de estudantes trabalhando em apoio à equipe de comunicação da Romaria.
Foi estabelecido como maior momento de divulgação nas faculdades de realizar o presente seminário inter-faculdades sobre Romaria e conflitos sócio-ambientais, que vê a colaboração de alunos e professores da UFMA, UEMA e UNISULMA. Desde hoje gostaríamos contar com uma participação massiva e organizada dos estudantes das faculdades de Imperatriz à Romaria da Terra e das Águas, na noite entre 10 e 11 de setembro de 2011, em Piquiá-Açailândia.
Já estamos planejando um encontro de devolução e encaminhamentos com quem estiver interessado para  estudar possíveis  formas de continuidade. Aqui acenamos algumas propostas:
- Criação de um grupo permanente, entre as faculdades de Imperatriz, de monitoramento dos conflitos socioambientais, promovendo dois seminários a cada ano dando voz às comunidades impactadas
- um grupo técnico de monitoramento dos impactos da poluição e dos grandes projetos em Açailândia e Imperatriz (análises químico-físicas ou dos impactos sobre a saúde)
  - um grupo de estagiários de direito que queiram colaborar com a rede Justiça nos Trilhos no enfrentamento dos conflitos gerados pela Vale S. A. em nossa região. 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Auditório lotado no I Seminário Faculdade a Serviço da Vida



Ontem o auditório da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) ficou pequeno para a grande quantidade de presentes no I Seminário Faculdade a Serviço da Vida. O evento contou a inscrição de cerca de 300 pessoas. Neste foram debatidos:
As problemáticas dos quilombolas, representados pela Doutora Herli de Sousa que desenvolve uma pesquisa em Alcântara-MA volta para essa área.
 A causa indígena, através do coordenador da Coordenação das Organizações e Articulações Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA) Edilson Cryhcryt atingido pelas barragens do Rio Tocantins.
Anísio Pereira morador do Piquiá de Baixo
A situação do Piquiá de Baixo em Açailândia – MA, o município é atingido por cinco siderúrgicas e uma termoelétrica. Anísio Pereira morador do local e membro da diretoria da Associação de Morados do Piquiá de Baixo esteve no evento expondo a situação vivenciada do no local e reafirmando os dados da pesquisa realizada pelo professor Jorge Diniz que mostrou o nível de contaminação na água do Piquiá de Baixo.
Jorge Diniz que realizou uma pesquisa no Piquiá de Baixo
Entre os presentes estavam alunos das faculdades que apoiaram ao projeto Universidade Estadual do Maranhão (Uema ,Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão (Unisulma) e demais faculdades da cidade. O evento é uma iniciativa de acadêmicos que almejam uma faculdade que traspasse as quatros paredes e volte-se para a comunidade com suas pesquisas e produções acadêmicas.
Este é apenas o primeiro de muitos outros!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO:

A partir das 18.00 horas: Abertura inscrições

18.30 horas: Vídeo de abertura. Boas vindas, apresentação do grupo Universidade a Serviço da vida e do I Seminário. Composição da mesa e apresentação de testemunhas e professores

18.55 horas: A luta pela sobrevivência das pequenas comunidades tradicionais contra os gigantes do carvão e da celulosa.
Testemunho das Quebradeiras de Coco Babaçu de Coquelândia, Imperatriz.

19.10 horas: O Projeto de Pesquisa e Extensão ALMA, um exemplo trabalho universitário ao lado das comunidades tradicionais: Profa. Herli de Sousa (UFMA).
A professora Herli de Sousa Carvalho é Doutora em Ciências da Educação - Universidad Del Norte (2009). Atualmente é professora titular da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

19.20 horas: Testemunho de Edilsom e Edilena Krikati, representantes dos Índios Krikati, expulsos da própria terra e atingidos pelas barragens do Rio Tocantins.

19.35 horas: O estudo das Ciências Sociais e o trabalho do Assistente Social a serviço dos povos originários no Maranhão : Prof.a Mariza Angela Taveira  (UNISULMA).

19.45 horas: Piquiá de Baixo, Açailândia, MA: A resistência de uma comunidade devastada por um grande projeto que não se cansa de cobrar das instituições publica a defesa dos próprios direitos: Senhor Anisio Pereira.
Testemunho do Senhor Anisio Pereira, morador de Piquiá de Baixo, membro da diretoria da Associação de Moradores do Piquiá de Baixo.

20.00 horas: A importância da assessoria técnica das universidades nos processo de reivindicação popular: O Prof. Jorge Diniz de Oliveira apresenta a pesquisa sobre a contaminação da água de Piquiá de Baixo
O Profº D.Sc. Jorge Diniz de Oliveira é doutor em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professor titular da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

20.15 horas: Abertura debate

20.45 horas: Agradecimentos, propostas de continuidade e convite Romaria. Projeção da mídia de 30 sec. e apresentação dos referentes por cada universidade.
I Seminário Faculdade a serviço da vida
 
Tema: TERRA, AGUA, DIREITOS: RESISTIR, DEFENDER E CONSTRUIR
Lema: Universitários rumo XI Romaria da terra e das águas do Maranhão
Dia: 30 de agosto 2011 a partir das 18.00 horas
Local: auditório UEMA, Universidade Estadual do Maranhão, Rua Godofredo Viana 1300, Bairro Centro, Imperatriz
Duração : 3 horas

Abrangência: Estudantes e Professores de todos os cursos da UFMA, UEMA, UNISULMA

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

BAIXA UMIDADE NO MARANHÃO, POR QUÊ?

Sempre em busca do lucro, o dinheiro vai e a poluição fica -Foto: Marcelo Cruz
Nos últimos dias é um dos assuntos comuns nosjornais.
Mas, porque essa baixa umidade?
Não é de hoje que ver-se o desmatamento por grandes empresas que se intitulam VERDES.
Não é de hoje que a poluição se alastra no Maranhão acabando com ‘ar puro’ e com o meio ambiente.
Também não é de hoje que aproveitamos o descaso do meio em que vivemos para contribuir com as queimadas e destruição da fauna e da flora.
Portanto é preciso pensar e agir a favor de novas atitudes.
O Maranhão já está dando alguns sinais. Hoje é a baixa umidade. Amanhã será o que?
É preciso contribuir com um novo maranhão, uma nova Açailândia e um novo Piquiá de
Baixo.
Tomemos a atitude de cobrar de nossos governantes que empresas ajam sustentavelmente, mas façamos 
 também a nossa parte.


Este é o primeiro passo de muitos outros que
Virão!

Por: Francisca Daniela 

Comunidade São José, Piquiá de baixo - Açailândia - MA - Foto: Marcelo Cruz

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Vídeos Faculdade a Serviço da Vida

11ª ROMARIA da terra e das águas do Maranhão
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Nossa Luta - F.S.V.
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